segunda-feira, 27 de outubro de 2008
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Pela Alteração do Código Civil Acesso ao Casamento Civil sem Discriminações
A UMAR - União de Mulheres Alternativa e Resposta - associa-se e apoia a luta das organizações portuguesas, no sentido de verem reconhecido o direito ao casamento civil para todas as cidadãs e todos os cidadãos independentemente da sua orientação sexual.
(...)Embora a Constituição consagre no seu artigo 13º a eliminação de todas as formas de discriminação, o Código Civil mantém essa discriminação no que se refere ao casamento de pessoas do mesmo sexo. Para a UMAR a lei tem que ser conforme à realidade e não pode atropelar a Constituição da República. A negação do acesso ao casamento civil de lésbicas e gays portugueses é uma restrição grave à liberdade e uma forma de discriminação inaceitável.
A UMAR reclama que no próximo dia 10 de Outubro a Assembleia da República assuma as suas responsabilidades, aprovando os projectos de lei que prevêem a alteração do Código Civil no que se refere ao acesso ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. As deputadas e deputados portugueses terão oportunidade, através do seu voto, de mostrar que têm dos direitos fundamentais, da cidadania e da democracia uma visão que não discrimina ninguém, cidadãos e cidadãs do exercício e do direito à felicidade.
Novo Código do Trabalho
As mulheres serão mais prejudicadas?
Só poderá haver equilíbrio quando as leis laborais forem feitas para proteger o elo mais fraco que são os trabalhadores, que apenas têm para vender a sua força de trabalho. As alterações em curso têm como objectivo proteger a parte mais forte, que é quem detém os meios de produção, que são as entidades patronais, sejam estas públicas ou privadas.
O Governo, que promove o embaratecimento do trabalho ao reduzir as horas de trabalho extraordinário pago, ao alterar o horário de trabalho, que pode ser “um factor de conflitual idade acrescida” e ao reduzir o espaço da contratação colectiva, desfere um rude golpe nos direitos e desorganiza a vida dos trabalhadores e das suas famílias. Não menos preocupante é também o alargamento do período experimental para 180 dias (6meses). É assim “violada” a estabilidade do emprego, não havendo portanto qualquer equilíbrio - o que há, é a imposição da lei do mais forte aos mais fracos.
É claro que com toda esta situação as mulheres serão ainda mais prejudicadas porque todas(os) sabemos que a maioria trabalha nos sectores onde o recurso ao trabalho nos períodos de “ponta” serão mais utilizados e também não é menos verdade se dissermos que ainda é sobre uma grande parte delas que recaem as tarefas da casa e da família. Já pensaram o que será uma mulher trabalhar até às 22 horas e ainda ter que tratar dos filhos, das refeições e da casa?
Se com este novo Código de Trabalho o Governo respeitasse:
* O princípio do tratamento mais favorável para o trabalhador, conforme a tradição do direito do trabalho em vigor desde há muitos anos;
* Se a precariedade fosse limitada por exemplo: contratos a termo a um ano, no fim passagem a efectivo;
* Se o horário de trabalho fosse reduzido de forma progressiva para as 35 horas como forma de disponibilizar mais postos de trabalho para quem está desempregado;
* Se a idade de reforma fosse antecipada para os trabalhadores nocturnos e por turnos e para outras profissões mais desgastantes;
* Se fosse permitido a readmissão do trabalhador em caso de despedimento ilícito;
Aí sim, estaríamos a progredir. Mas o que constatamos é exactamente o contrário: uma vontade sem limites para que os trabalhadores Portugueses passem a ser conhecidos como os escravos do Século XXI o que, convenhamos, é deveras inaceitável.
Assunção Bacanhim